Essa linha é constituída de espíritos que integravam o povo do Nordeste brasileiro, como também, espíritos que tem alguma afinidade com essa linha.
É um povo muito recente na Umbanda. São espíritos usados para desmanche de trabalhos de magia, descarrego, entre outros. A maioria foram cangaceiros de diversos bandos, entre esses: bando de Jesuíno Brilhante (1844), de Lucas da Feira (1849), de Antônio Silvino (1875), de José Gomes Cabeleira, de Zé do Vale (últimas décadas do século XIX), de Lampião (1922) e de Corisco (1939), ocorrendo após a morte deste ultimo, o fim do cangaço.
Não podemos falar da linha do cangaço, sem citar o nome de Padre Cícero.
Padre Cícero Romão Batista nasceu no Crato, em 1844, e exerceu o sacerdócio em Juazeiro do Norte, Ceará. O Padre Cícero não foi canonizado, mas ele fez muita caridade, tanto assim que o povo bom e religioso de Juazeiro o tem como uma santa pessoa.
Ele é o “padrinho” dessa linha, não apenas por ter vivido na região onde predomino o cangaço, mais também, porque Lampião, considerado o Rei do Cangaço, costumava visitá-lo e escutava muito seus conselhos. Lampião o chamava de padrinho: O Padrinho "Ciço".
ORAÇÃO AO PADRE CÍCERO
Ó Deus, Pai dos pobres, que inflamastes o coração do Padre Cícero com um grande amor para com os desamparados, sem casa e sem terra e o transformastes no grande Conselheiro do Povo Nordestino e no zeloso incentivador da devoção ao Rosário e da veneração de Nossa Senhora Das Dores, recompensai esse grande apóstolo com o descanso de sua vida atribulada e com as alegrias do paraíso.
Fazei fugir no Nordeste e em todo o Brasil muitos sacerdotes, imitadores do Padre Cícero, voltados para a pobreza material e espiritual do povo que busca a salvação, para que nos ajudem a aumentar a nossa fé, única riqueza verdadeira.
Que Nossa Senhora das Dores, Mãe fiel ao pé da cruza, dê força ao nosso pedido e nos alcance o que desejamos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Amém.
Essa linha tem uma força que poucos conhecem. Abenção meu Padim Ciço.
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