"As experiências que temos na vida é nossa evolução espiritual"

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

História do Caboclo das Sete Encruzilhadas

Em 16 de novembro de 1919, o Caboclo das Sete Encruzilhadas revela ao seu médium na época Zélio de Moraes uma das suas ultimas encarnações. Ele foi um padre jesuíta italiano. Nasceu em 1689, em Vila de Managio, Itália, e morreu em 1761, em Lisboa, Portugal.
Desde criança mostrou tendências ao misticismo. Completou seus estudos teológicos em Milão, na Itália, e entrou na Companhia de Jesus para ser missionário no Novo Mundo, mas por causa de um general da Companhia, acabou sendo professor de humanidade em um Colégio de Bastis, na Córsega.
Em meados de 1721, partiu para Lisboa de onde embarcou para o Maranhão, realizando assim seu projeto. Andou pelas terras distantes, emprenhando pelo sertão, pregando, afrontando os perigos e vencendo-os por se julgar um homem destinado a cumprir na Terra uma missão superior: “Conquistar almas para o céu”.
Após muitas jornadas, voltou ao Maranhão para catequizar os índios da região. Sustentou uma peregrinação apostólica, foi a Bahia e ao Rio de Janeiro, entrando até em mata adentro para pregar. Exerceu sobre os índios absoluta ascendência e foi convertido como apóstolo do Brasil.
Era muito venerado por fiéis no Brasil quando foi chamado para voltar a Lisboa pela rainha viúva, Dna. Mariana de Áustria.
Lisboa foi arrasada por um terremoto e se espalhou por toda cidade que tal acontecimento fora castigo do céu. Para contrariar estas informações, o Ministro Pombal mandou publicar um folheto escrito, explicando o fenômeno e as causas naturais que o determinaram. Foi então que o “nosso” padre jesuíta saiu de Setúbal (cidade onde estava morando) e apareceu com um *opúsculo onde retificava o folheto de Pombal. O ministro por sua vez, irritado limitou-se a mandar queimar o opúsculo e expulsar o padre de volta para Setúbal.
Em 1758, ocorre um atentado contra a vida do então regente D.José. Aproveitando-se do ocorrido e de uma carta supostamente ameaçadora que “nosso” padre jesuíta havia escrito a ele, o ministro Pombal mandou prende-lo, achando que a ocasião era excelente para questionar a Companhia de Jesus com conceito popular.
O padre jesuíta foi considerado réu de lesa majestade e entregue a Inquisição, aonde foi condenado à pena de garrote e a fogueira, sendo a sentença executada na Praça de Rossio, em Lisboa, em 21 de setembro de 1761. Seu nome era Frei Gabriel Malagrina.

* opúsculo - Pequena obra de ciência ou literatura

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.