"As experiências que temos na vida é nossa evolução espiritual"

domingo, 20 de novembro de 2011

20 de Novembro, dia da Linha Baiana

Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.
Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar. Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas.
A alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas.
Hoje eles fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais linhas.
Os que não admitem essa linha como vertente umbandista defendem sua posição criticando o nome que esses espíritos escolheram para seu trabalho. Ouvimos coisas do tipo: “Daqui a pouco teremos linhas de cariocas, sergipanos, etc.” Esquecem eles, que a Bahia foi escolhida por ser o celeiro dos orixás. Quando se fala nesse estado, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm em terra, realmente o foram em suas vidas passadas. Esses espíritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.
Os fundadores da corrente baiana foram os preto-velhos africanos, juntamente com os índios de Minas Gerais e da Bahia que eram escravizados após o descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares Cabral. Eles ficavam em Porto Seguro, os mais velhos rezando e os mais novos dançando pedindo a Deus que os libertassem. Quando a Princesa Isabel, a 13 de maio de 1.888 libertou os escravos e eles se sentindo livres do cativeiro, fizeram o seguinte símbolo:
A cruz – representando a força e a fé que eles tiveram; e
A carta – representando o documento que provava a libertação do cativeiro.

Oração ao Nosso Senhor do Bonfim
(para acabar com a aflição)
Oh, meu Nosso Senhor do Bonfim, ajoelhado aos teus pés, à vossa santa imagem, sinto-me comovido, vendo correr o sangue divino de vossas divinas chagas.
Que não se perca inutilmente o fruto da vossa paixão e agonia doloríssimas.
Que venha sobre meu coração o sangue redentor para purificá-lo.
Desse modo, imitarei a vossa paciência e resignação nos trabalhos e sofrimentos desta vida.
Dispor-me-ei a uma santa morte, sim.
Oh, meu Nosso Senhor do Bonfim, que não me falte o vosso valimento e proteção neste momento do qual depende minha eternidade.
Que a vossa santa morte seja como o penhor da minha boa morte, para que eu possa gozar junto de vós, no céu, a eternidade feliz.

Assim seja.             


Um comentário:

  1. acredito que o erro e o principal argumento de quem desaprova nossa religião é causado pela falta de estudo dos adeptos.O questionamento anda de braços dados às mentes curiosas e a curiosidade se transforma em pesquisa.É importante ler,conhecer a história de nossa religião,a literatura kardecista tb é enriquecedora.Pelo conformismo me deparo com muitos umbandistas despreparados e são esses os usados como exemplo para denegrir um trabalho tão bonito,forte e repleto de ensinamentos.

    Salve à umbanda!

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