"As experiências que temos na vida é nossa evolução espiritual"

terça-feira, 5 de agosto de 2014

CALMA

CALMA

Há um provérbio popular que estabelece que a pressa é a inimiga da perfeição. Quem é que nunca ouviu isto?
Naturalmente que esse provérbio deve querer dizer que se nós fazemos as coisas, apressadamente, temos todas as possibilidades de cometer erros, de esquecer coisas, de desacertar. Todos  temos experiências em nossas vidas e é muito comum percebermos como é que a pressa nos complica, nos agita, nos excita. E, neste mundo no qual vivemos, o que mais tem é corre-corre e estresses. As pessoas estão sempre agitadas, sempre atrasadas para algum compromisso.
Quanto mais tempo se dá às pessoas menos tempo elas têm. Estamos sempre correndo.  Nunca temos tempo. Algo não está certo.
Nos falta calma, tranquilidade. A calma é uma virtude ativa. A pessoa é calma no pensamento, avalia o que tem para fazer, o que vai fazer, como deseja fazer, qual é a intensidade do seu fazer. Uma pessoa calma. Ela tem tudo já estruturado na mente mas não se assoberba.
Jesus Cristo nos propôs: Não vos atormenteis pelo dia de amanhã. A cada dia já basta o seu afã.
Esse recado de Jesus Cristo é em prol da paciência. Se somos pacientes, se formos pacientes não nos importe o dia de amanhã porque estaremos conscientes de que o dia de amanhã não será  outra coisa se não a consequência do nosso dia de hoje.
Então, não nos vale sofrer pelo amanhã senão viver bem o dia de hoje. No dia de hoje, se modela o amanhã, e se modela o futuro. Leva tempo, exige nossa reflexão e o esforço pelo autoconhecimento e a reflexão.
É através do tempo que  os dias a noites que seguem, demonstrando a paciência de Deus. Colocamos uma semente na terra e esperamos que ela germine, que ela cresça, floresça, possa dar frutos. Nenhum lavrador colocaria a semente no chão e a semana que vem desejaria colher os frutos dessa sementeira. Há que se ter paciência. Daí, quando pensamos nessa paciência de Deus, gerando nas nossas vidas a possibilidade de trabalhar, no tempo e no espaço, começaremos a verificar o tempo que nós mesmos perdemos com as agitações, com as excitações.
Se tivermos que falar alguma coisa com alguém, falemos com calma. A proposta dos bons Espíritos é por nossa ação positiva no caminho da calma. É tão importante na hora que vemos que o sangue ferve, entrar para o quarto, guardar-se no aposento, tomar um banho frio para relaxar. Não vale a pena dar vazão ao temperamento, não vale a pena dar vazão às agitações do intimo.
Vale a pena, sim, trabalharmos pela manutenção da nossa calma. Como nenhum de nós sabe, nesse ínterim, nesse interregno até quando o Criador pretende que fiquemos por aqui, exercitemos a nossa calma enquanto é hoje. Não é que nós vamos perder a calma, é que nós não deveremos nos perder na excitação, na agitação. Quando pensamos na calma de Deus, verificamos o quanto Ele nos espera, há quanto tempo nos aguarda. Só a partir de Jesus são dois milênios que já se passaram. E como é que não terei paciência e calma diante dos equívocos, dos erros, dos tropeços dos meus entes queridos, daqueles que me cercam na trajetória do mundo? Calma sempre. Aja com calma.

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 195, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Em 05.07.2010.


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