Começo hoje com uma historinha:
Em uma das muitas escolas de Aruanda, um
Preto-velho de nome Antônio estava tendo uma conversa com um grupo de crianças.
O Vô tentava explicar algumas coisas a respeito dos encarnados e do que eles
deveriam fazer durante os trabalhos espirituais:
-Bem, como eu estava dizendo, os encarnados são um pouco complicados sabe, têm alguns que não acreditam nem em Deus... _ dizia o velho Antônio.
-Como não vô? Eles num acreditam no papai e mamãe do céu? Ué, o vô num ensinou para eles que “O Papai” mora dentro do coração de cada um? _ perguntou uma menininha de nome Catarina.
-Bem, como eu estava dizendo, os encarnados são um pouco complicados sabe, têm alguns que não acreditam nem em Deus... _ dizia o velho Antônio.
-Como não vô? Eles num acreditam no papai e mamãe do céu? Ué, o vô num ensinou para eles que “O Papai” mora dentro do coração de cada um? _ perguntou uma menininha de nome Catarina.
Pai Antônio responde que ensinou, mas que
quando na matéria eles esquecem, têm tantos problemas e preocupações que se
esquecem de escutar o próprio coração. A intuição e tudo isso que para vocês
aqui é muito claro, para eles não passa de fantasia, bobagens...
- Eu não quero encarnar vô! Não quero esquecer o Papai do céu. Eu amo tanto Ele. - Disse Catarina quase chorando.
- Eu não quero encarnar vô! Não quero esquecer o Papai do céu. Eu amo tanto Ele. - Disse Catarina quase chorando.
-Minha filha, você não precisa ter medo, afinal
também existem muitos encarnados bondosos, que crêem no divino Criador e por
Ele trabalham avidamente.
- É meus pequenos, é difícil e triste quando muitos dos que a gente mais ama se esquecem de Deus na carne e se entregam a coisas pouco louváveis a seus divinos olhos. E então eles fecham–se a nossa inspiração, e nada mais nos resta a não ser se afastar e esperar... _ e o velho Antônio assumiu uma feição tristonha.
As criancinhas, que não entendiam muito dos sentimentos e pensamento dos adultos, mas tinham uma intuição incrível e conseguiam escutar como poucos o coração dos espíritos, perceberam que o “vô” ficou um pouco triste. Por isso pulou todos juntos em cima do velho Antônio, o que acabou resultando no começo de uma verdadeira bagunça.
- Bem por hoje chega. Amanhã vamos ter trabalho em uma Casa de Umbanda. E assim, voltaram ao jardim para continuarem exalando a paz, a pureza e o amor celestial.
Essa pequena historinha demonstra claramente como é grande o amor por Deus que seus corações puros são capazes de demonstrar.
- É meus pequenos, é difícil e triste quando muitos dos que a gente mais ama se esquecem de Deus na carne e se entregam a coisas pouco louváveis a seus divinos olhos. E então eles fecham–se a nossa inspiração, e nada mais nos resta a não ser se afastar e esperar... _ e o velho Antônio assumiu uma feição tristonha.
As criancinhas, que não entendiam muito dos sentimentos e pensamento dos adultos, mas tinham uma intuição incrível e conseguiam escutar como poucos o coração dos espíritos, perceberam que o “vô” ficou um pouco triste. Por isso pulou todos juntos em cima do velho Antônio, o que acabou resultando no começo de uma verdadeira bagunça.
- Bem por hoje chega. Amanhã vamos ter trabalho em uma Casa de Umbanda. E assim, voltaram ao jardim para continuarem exalando a paz, a pureza e o amor celestial.
Essa pequena historinha demonstra claramente como é grande o amor por Deus que seus corações puros são capazes de demonstrar.
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As crianças na Umbanda também são chamadas de
“Beijada”, “Ibejis”, “Dois-dois” ou simplesmente criancinhas. Muito temos a
aprender com esses espíritos, pois “se todos tivessem olhos de
Crianças, não haveria mais guerras, afinal, “O Reino dos Céus
pertence às Crianças, os puros de coração”.
Muitos não conseguem ver a importância dos
trabalhos das Crianças, não percebem o quanto elas realizam apenas “brincando”
e comendo doces. Muitas Crianças que incorporam na Umbanda estão mais ligadas
ao plano encantado da natureza do que ao natural humano.
Crianças vibram as forças da natureza de forma
sutil, mas de forma intensa, assim umas são das cachoeiras, outras das praias,
do mar, das pedreiras, das matas... Quando incorporadas elas vibram, o tempo
todo, a energia encantada do reino a que estão ligadas. Basta entrar na sua
sintonia infantil, brincando e comendo doces, que acontece toda uma limpeza
espiritual.
Energias negativas são absorvidas pelos
mistérios que sustentam o trabalho das Crianças e são filtradas, dando espaço
às energias que precisamos para nos amparar e mudar nossa visão de mundo. Por
isso dizemos que as crianças são renovadores de energia. Muitas vezes queremos
que nossa vida mude e esquecemos que se nós não mudamos nosso comportamento a
vida também não muda. Crianças nos ajudam e muito a renovar nossas atitudes, a
começar de novo, Crianças estão muito ligadas às cores, ao
arco-íris, alegria, desprendimento material e pureza.
As Crianças não são “espíritos adultos” se
passando por crianças, o que não seria nada natural, e sim “espíritos
infantis”, espíritos que ainda não se humanizaram por completo. Estão mais
ligadas às realidades anteriores da alma humana, aos planos encantados da
natureza, por isso se apresentam de forma infantil, mas não têm a mente
adormecida, algumas têm lembranças de séculos. São espíritos que já estiveram
encarnados na terra e que continuam sua evolução espiritual através da prática
de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. Em sua maioria,
foram espíritos que desencarnaram com pouca idade (terrena), por isso trazem
características de sua última encarnação, como o trejeito e a fala de criança,
o gosto por brinquedos e doces.
Para vir na Umbanda passam por um preparo no
astral, elas chamam de escolinha, respondem no grau de guias, pois têm muito a
dar e realizam um trabalho muito importante.
Resumindo, crianças trabalham e muito, que para
elas é uma alegria. A “força Ibeji” é a força infantil do plano encantado das
Crianças, sincretizado com “Cosme, Damião”. Como no plano material, também no
plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. Dessa
forma não vemos crianças chefes de falange, guia chefe de terreiro.
É praticamente impossível não reagirmos também
com felicidade ao vê-los “brincando” nos terreiros. O dia das crianças é
comemorado neste mês de setembro, sincretizado ao culto católico com São Cosme
e São Damião, irmãos gêmeos e médicos, que pereceram decapitados porque
praticavam a medicina gratuitamente em socorro dos pobres e das crianças infelizes
e abandonadas. Seu material de trabalho é composto por chupetas, bonecas,
bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas - o refrigerante.
Seus nomes simbólicos normalmente no diminutivo, dificilmente traduzem sua essência original, mas isso é totalmente desnecessário, pois para a pureza não é necessário tradução. Normalmente os nomes mais comuns são aqueles que se referem à origem brasileira, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Terezinha, Pedrinho, Paulinho e outros.
Seus nomes simbólicos normalmente no diminutivo, dificilmente traduzem sua essência original, mas isso é totalmente desnecessário, pois para a pureza não é necessário tradução. Normalmente os nomes mais comuns são aqueles que se referem à origem brasileira, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Terezinha, Pedrinho, Paulinho e outros.
Poucos são aqueles que dão importância devida
às giras das vibrações infantis. A exteriorização da mediunidade é apresentada
nesta gira sempre em atitudes infantis. O fato, entretanto, é que uma gira de
criança não deve ser interpretada como uma diversão, embora normalmente seja
realizada em dias festivos, e às vezes não consigamos conter os risos diante
das palavras e atitudes que as crianças tomam.
A presença dessas entidades de luz encanta as
nossas almas e traz alegria aos nossos corações. Afinal, quem nunca se sentiu
também criança de frente a uma manifestação dessa linha? E quem melhor senão
nossa “criança interior” para ouvir e captar conselhos dados por outra
“criança”, não é?
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