"As experiências que temos na vida é nossa evolução espiritual"

domingo, 16 de setembro de 2018

31º ANIVERSÁRIO DO TEMPLO DE UMBANDA MENSAGEIROS DE OXALÁ - TUMO - 3ª PARTE

 O terceiro pilar da Umbanda: a FILOSOFIA que é o amor pela sabedoria, é o modo que devemos viver, quando se entra na religião. E os guias que virão hoje nos trazem essa Filosofia, por serem espíritos de muitas virtudes, tais como: a determinação, a lealdade, a honestidade, o amor à Natureza e aos seres existentes.

             
              


XANGÔ: é o orixá da Justiça, da sabedoria, da política. Ele rege tanto a justiça divina quanto a justiça dos homens, de forma imparcial, sem escolher lados. Seu poder é representado pela balança, simbolizando o equilíbrio do julgamento. Ele é quem luta para manter o universo divino balanceado e consistente. A representação de Xangô muitas vezes é feita com um machado de dois gumes, que representa a força da justiça que corta para os dois lados, representando a neutralidade do equilíbrio. Quem invoca a justiça de Xangô deve ter em mente que também será julgado, e se estiver devendo à justiça divina, também terá que pagar. Quando se pede a intervenção de Xangô pela justiça é preciso estar atento que antes de nos ajudar, ele irá analisar a nossa conduta, vai verifica se temos sido justos em nossa vida com os nossos semelhantes. A balança deste orixá busca o equilíbrio, e tudo o que não está de acordo com a Justiça Divina é contado. Ele nos provém da justiça que buscamos de acordo com a nossa necessidade e merecimento.

 


OGUM: Ogum é um dos principais Orixás na Umbanda, é o Orixá guerreiro, que protege contra as guerras e as demandas espirituais negativas. Ele representa as demandas da vida, é um orixá muito forte e justo, destemido e estratégico, conhecido por ser o responsável pela manutenção da lei e da ordem no terreiro. Ogum é aquele que abre caminhos em qualquer terreno que se possa imaginar e toma a iniciativa. Coragem e nobreza fazem dele um orixá admirado por todos aqueles que se inspiram na energia da ação, do ímpeto e da sabedoria. Por isso, muitas pessoas pedem ajuda a Ogum quando sentem que suas vidas precisam de caminhos novos para serem abertos.

  


OXÓSSI: é o patrono da linha dos CABOCLOS, o Senhor das Matas – no qual é rei absoluto, portanto todas as espécies de plantas e o reino animal têm ação deste orixá. Ele é um profundo conhecedor das ervas e de seus poderes medicinais, sendo um curador poderoso, ele também é considerado um caçador de almas, procura almas perdidas para catequizá-las. Os caboclos trazem consigo a energia das matas e são sustentados pela força de Oxóssi, por isso vemos que os caboclos geralmente são espíritos aguerridos, austeros, com uma forte presença física e por vezes falam com um sotaque meio arrastado podendo ou não intercalar algumas palavras que não são bem compreendidas. Usualmente, os caboclos incorporam dando um grito, ou brado. É uma forma de mantra para alguns e um grito de guerra para outros. Mas isso não é uma regra, muitos trabalhadores dessa linha chegam em silêncio e mantêm um porte e uma fala impecável, pois devemos sempre nos lembrar que caboclo é um grau e não uma condição.


CABOCLO DO ESPAÇO: Tem a mesma força que os outros caboclos, só que esses caboclos fazem a cobertura dos trabalhos para que nenhuma força inferior perturbe o andamento das giras. Auxiliam os outros caboclos que estão em terra atendendo e dando passes, muitas vezes ficando responsáveis por correr a gira dos filhos.


CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS: No dia 15 de novembro de 1908, houve a primeira manifestação desse caboclo, incorporando o médium Zélio Fernandino de Morais, em uma sessão de kardecismo. Nessa sessão manifestaram-se em vários médiuns presentes, espíritos que se identificaram como de indígenas ou caboclos e de escravos africanos. O dirigente dos trabalhos convidou esses espíritos a se retirar advertindo-os acerca do seu (deles) atraso espiritual. Nesse momento Zélio tomado por uma força estranha disse: "- Se julgam atrasados estes espíritos dos pretos e dos índios, devo dizer que amanhã estarei em casa deste aparelho (o médium Zélio), para dar início a um culto em que esses pretos e esses índios poderão dar a sua mensagem, e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E, se querem saber o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim".
E assim no dia 16 de novembro de 1908, em Niterói, no Rio de Janeiro, foi fundado o primeiro centro de Umbanda: Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, "porque assim como Maria acolhe o filho nos braços, também seriam acolhidos, como filhos, todos os que necessitassem de ajuda ou conforto".
O Caboclo das Sete Encruzilhadas pertence à falange de Ogum, e sob a irradiação da Virgem Maria, desempenha uma missão ordenada por Jesus. O seu ponto emblemático representa uma flecha atravessando um coração, de baixo para cima; a flecha significa direção, o coração sentimento, e o conjunto significam orientação dos sentimentos para o alto, para Deus.

SER UMBANDISTA!!!

Ser Umbandista é amar a Deus acima de todas as coisas.

Ser Umbandista é amar a natureza e respeita-la, pois Deus esta lá!!

Ser Umbandista é reconhecer que os Orixás são Potências de Deus, Divindades, que manifestam as qualidades do Criador de Tudo e de Todos.

Ser Umbandista é ser amante da sabedoria, da virtude, da justiça e da humanidade.

Ser Umbandista é ser amigo dos pobres, desgraçados que sofrem, que choram, que tem fome e chamam pelo direito de justiça.
Ser Umbandista é querer a harmonia das famílias, a concórdia dos povos, a paz do gênero humano.
Ser Umbandista é levar para o terreno prático, aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e todos os séculos, que diz com infinita ternura aos homens de todas as raças, desde o alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo: “Amai-vos uns aos outros, formai uma só família, sede irmãos”.

Ser Umbandista é pregar a tolerância; praticar a caridade sem distinção de raças, crenças ou opiniões, é lutar contra a hipocrisia e o fanatismo.

Ser Umbandista é viver para a realização da Paz Universal, tendo pelos encarnados o mesmo respeito que se dedica aos desencarnados.

Ser Umbandista é ter uma crença religiosa sem tabus ou preconceitos, fundamentada na ética e no bom senso, sem ferir os valores dos bons costumes.

Ser Umbandista é respeitar a máxima que diz “somos imagem semelhança de Deus”, vendo Deus na presença do semelhante e em nós, através de nossas virtudes de Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração.

Ser Umbandista é reconhecer que as religiões são as chaves de Deus para abrir os corações dos homens e que são muitos corações, diferentes uns dos outros, assim como as religiões, mas que é apenas um o Chaveiro Divino, que está em todas as religiões.

Ser Umbandista é dar de graça o que de graça recebemos.

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